Sábado – 2/Janeiro
Prólogo: Buenos Aires – Rosario
Quinze minutos de aquecimento!
Os concorrentes são cronometrados por uma distância longa o suficiente para separá-los em uma ordem de partida lógica para o dia seguinte, mas com certeza não é tempo suficiente para falar sobre um primeiro dia de competição. A “mini especial” e a ligação até Rosario não devem causar qualquer dano… a menos que os motoristas sejam muito azarados ou imprudentes!
Domingo – 3/Janeiro
Etapa 1: Rosario – Villa Carlos Paz
Motos e quadriciclos: 227 km de especial, 632 km total
Carros e caminhões: 258 km de especial, 662 km total
Cruzando montanhas
A Argentina é um país de montanhas de todas as formas. Embora a primeira fase ainda não aconteça em altitude, a cordilheira está bem e verdadeiramente visível. As rodas dos veículos irão passar por trechos vigorosos e ondulantes, com a exceção da primeira parte da especial que será mais rápida. Uma separação parcial das categorias tentará evitar ultrapassagens perigosas.
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Segunda – 4/Janeiro
Etapa 2: Villa Carlos Paz – Termas de Rio Hondo
Motos e quadriciclos: 450 km de especial, 786 km total
Carros e caminhões: 521 km de especial, 858 km total
O velocímetro dá um salto!
As estatísticas falam por si: com cerca de 800 quilômetros para cobrir (dependendo da categoria), o dia vai ser muito longo. Há uma distância significativa para cobrir tanto nas especiais quanto nos deslocamentos. Embora o terreno não apresente dificuldades reais, os trechos relativamente rápidos já podem beneficiar aqueles que amam colinas e travessias de rios e que podem manter altas velocidades ao longo de todo o dia. Carros e caminhões têm direito a uma extensão neste dia.
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Terça – 5/Janeiro
Etapa 3: Termas de Rio Hondo – San Salvador de Jujuy
Motos e quadriciclos: 314 km de especial, 663 km total
Carros e caminhões: 314 km de especial, 663 km total
Caçadores, mirem!
O formato é mais apertado e a corrida do dia é contra o relógio… as estradas de montanha caracterizam essa especial. Especialistas em montanhas serão capazes de mostrar suas habilidades aqui. Aqueles que estão caçando os líderes estarão em alerta durante este percurso que foi projetado para oportunistas. Mas o programa também pode ser transformado por qualquer chuva: mesmo os mais fortes concorrentes não terão necessariamente um bom desempenho em solo pesado.
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Quarta – 6/Janeiro
Etapa 4: San Salvador de Jujuy – San Salvador de Jujuy
Motos e quadriciclos: 429 km de especial, 629 km total
Carros e caminhões: 418 km de especial, 619 km total
1ª Maratona, sem mecânicos
Em muitos níveis, os competidores enfrentam seu primeiro teste real aqui. A especial ocorre em cerca de 3.500 m de altitude, com as mudanças incessantes de ritmo, resultantes da alternância de terreno arenoso e pedregoso. Esta rota será esgotante no final do dia, quando todo mundo já tem 2.500 quilômetros nas costas, pode ser bem desgastante para os pilotos piores colocados. Este é o início de uma etapa maratona muito particular, com uma área fechada para os veículos… e para os concorrentes.
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Quinta – 7/Janeiro
Etapa 5: San Salvador de Jujuy – Uyuni
Motos e quadriciclos: 327 km de especial, 642 km total
Carros e caminhões: 327 km de especial, 642 km total
Cuidado com as dores de cabeça!
Vigilância total é necessária para esta segunda parte da etapa maratona: além de administrar a mecânica, especialmente os pneus, todos os motoristas terão de prestar atenção para as reações dos seus próprios corpos. A entrada na Bolívia também é marcada por um aumento abrupto na altitude, subindo para 4.600 m – o ponto mais alto na história do Dakar – durante a especial do dia. Tecnicamente, é também nesta fase que o rali passa a ter uma velocidade maior, com os primeiros trechos off road, bem como algumas jóias de navegação que podem ser uma dor de cabeça para alguns navegadores …
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Sexta – 8/Janeiro
Etapa 6: Uyuni – Uyuni
Motos e quadriciclos: 542 km de especial, 723 km total
Carros e caminhões: 295 km de especial, 600 km total
Volta de alta tensão!
A mais longa especial do Dakar acontece no 6º dia de corrida consecutivo. E essa não é a única dificuldade deste trecho, que acontecerá entre 3.500 m e 4.200 m de altitude. O ritmo e as superfícies mudam constantemente, alternando entre areia e pedras, que podem ser desconcertantes, especialmente se chover. As paisagens do Salar d’Uyuni são um dos prazeres visuais na agenda. Enquanto isso, a categoria caminhões vai correr separadamente nesta sexta fase, indo visitar a cidade natal do presidente Evo Morales.
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Sábado – 9/Janeiro
Etapa 7: Uyuni – Salta
Motos e quadriciclos: 353 km de especial, 793 km total
Carros e caminhões: 353 km de especial, 793 km total
Uma remada rápida antes do descanso
O fim da primeira semana de corrida é sempre um objetivo intermediário decisivo. Este ano, qualquer pessoa que tenha focado no trabalho de base durante a sua preparação e que tenha respeitado as principais recomendações de disciplina será capaz de chegar até aqui. No entanto, eles ainda precisam chegar ao final deste dia cansativo, que implicará em pés molhados nas travessias de rios. É provável que metade dos veículos chegará em Salta após o anoitecer, mas talvez antes de suas equipes de apoio, que também têm um longo caminho pela frente.
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Domingo – 10/Janeiro
Dia Livre: Salta
Pausa, mas sem descanso
O Dakar tem uma história em Salta, que sediou os dias de descanso em 2013 e 2014. Mas, mais uma vez, esta pausa não vai realmente permitir que muitos concorrentes descansem no coração desta cidade marcada por um rico patrimônio arquitetônico da era colonial. Sua agenda será ocupado: a realização de uma revisão completa nos veículos, aproveitar o sono extra e se concentrar para mais uma dura semana de prova. Mesmo durante a pausa, a corrida ainda está ligada…
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Segunda – 11/Janeiro
Etapa 8: Salta – Belén
Motos e quadriciclos: 393 km de especial, 766 km total
Carros e caminhões: 393 km de especial, 766 km total
Mudança de ares
A mudança de terreno que marca a entrada na segunda parte do rali também deve marcar uma mudança no planejamento para os pilotos, que terão de enfrentar as primeiras dunas da edição de 2016. Especialistas em travessia de dunas terão uma oportunidade para demonstrar suas habilidades e até mesmo ganhar uma vantagem. Eles também irão notar as dificuldades de navegação que foram introduzidas este ano para complicar sua existência. Valiosos minutos podem ser perdidos por veículos atolados na areia.
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Terça – 12/Janeiro
Etapa 9: Belén – Belén
Motos e quadriciclos: 285 km de especial, 436 km total
Carros e caminhões: 285 km de especial, 396 km total
Mantenha a cabeça fria!
Esta etapa em loop será complicada para motos e quadris, que vão terminar a primeira parte desta segunda etapa maratona em um acampamento isolado. Antes disso, eles vão ter passado o dia ao lado dos pilotos das outras categorias quase inteiramente fora de estradas, andando em dunas com vegetação e em terrenos mais difíceis, às vezes em leitos de rios. Fisicamente, o dia pode trazer um desafio significativo com a temperatura subindo. Os pilotos mais resistentes também serão aqueles com traçados mais limpos, capazes de fazer as escolhas de navegação corretas, um grande desafio desta especial.
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Quarta – 13/Janeiro
Etapa 10: Belén – La Rioja
Motos e quadriciclos: 278 km de especial, 561 km total
Carros e caminhões: 278 km de especial, 763 km total
Fiambala em grande estilo
As dunas de Fiambala já tornaram-se uma das etapas decisivas do Dakar. Este ano, eles apresentam-se no centro da sequência mais crítica do rally, quando os pilotos e seus veículos terão de demonstrar a sua aptidão para a extrema resistência. Além disso, a etapa do dia apresenta o trecho mais longo de dunas na história do Dakar e Fiambala, com off road na maior parte do tempo. Em suma, uma porta aberta para os especialistas do deserto.
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Quinta – 14/Janeiro
Etapa 11: La Rioja – San Juan
Motos e quadriciclos: 431 km de especial, 712 km total
Carros e caminhões: 431 km de especial, 712 km total
Hora de atacar!
O nível de dificuldade permanece o mesmo, mas a variedade irá favorecer os mais flexíveis pilotos e equipes. Areia em todas as formas serão encontradas, particularmente o “fesh-fesh”, o tipo mais volátil e pesado, que exige tanto destreza quanto paciência. Mas a velocidade também será uma vantagem em outros trechos, retas com cascalho e seixos. Oportunidades serão poucas e distantes entre si, mas ainda há tempo para sacudir a classificação, uma vez que o terreno será favorável à criação de lacunas significativas.
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Sexta – 15/Janeiro
Etapa 12: San Juan – Villa Carlos Paz
Motos e quadriciclos: 481 km de especial, 931 km total
Carros e caminhões: 267 km de especial, 866 km total
A mais longa especial
Um dia antes do fim, os competidores enfrentarão mais de 900 km, sendo mais da metade na especial, com exceção dos caminhões, cujas dimensões não são adequadas para algumas estradas nesse dia. Neste terreno semi-montanhoso, a vegetação que reveste suas bordas pode ser um pouco apertada! Isto significa que os outros veículos também terão de mostrar destreza. Fãs da condução pura vão estar à vontade, mas eles terão que tomar cuidado com erros: nesta fase do jogo, um erro pode custar-lhes caro.
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Sábado – 16/Janeiro
Etapa 13: Villa Carlos Paz – Rosario
Motos e quadriciclos: 180 km de especial, 699 km total
Carros e caminhões: 180 km de especial, 699 km total
Estress e o merecido descanso
Aspirantes a vencedores serão, certamente, aqueles que encontrarão mais dificuldade nos 180 km da especial mais difícil, projetada com muitos trechos sinuosos, ondulantes, trechos arenosos rápidos e muitas rochas … levando a níveis significativos de stress. Para os outros, os 699 quilômetros a serem cobertos antes de chegar ao pódio em Rosario serão um alívio. Para ser apreciado sem moderação …
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Adaptado de: http://www.dakar.com/dakar/2016/us/route.html#tab5