Como se desenrolou o clássico
No fim de tarde de Santiago Bernabéu, o Atlético Madrid entrou em campo com a confiança de quem quer mudar o rumo da temporada. Aos 14 minutos, Robin Le Normand abriu o placar, puxando o time para a frente e deixando a torcida em festa. O segundo gol chegou ainda no primeiro tempo, quando Alexander Sorloth aproveitou o rebote e ampliou para 2 a 0, logo antes do intervalo.
A segunda parte começou com o Real tentando reagir. Kylian Mbappé, recém‑chegado, brilhou ao cobrar um chute preciso que reduziu a diferença. Mas o Atlético respondeu de forma incisiva. Julian Álvarez converteu um pênalti aos 51 minutos e, poucos minutos depois, voltou a marcar, elevando o placar para 4 a 1.
O Real ainda encontrou uma brecha e marcou mais uma, mas a festa já estava garantida para o clube colchonero. No acréscimo da partida, Antoine Griezmann fechou o placar em 5 a 2, encerrando sua sequência sem gols e completando a famosa "Manita" – referência à mão aberta, um gol para cada dedo.
- 14' – Robin Le Normand (Atlético)
- 45+3' – Alexander Sorloth (Atlético)
- 90+0' – Kylian Mbappé (Real)
- 51' – Julian Álvarez (pênalti, Atlético)
- 63' – Julian Álvarez (Atlético)
- 78' – Real Madrid (gol de empate)
- 90+4' – Antoine Griezmann (Atlético)

Repercussões na tabela e na Champions League
O resultado tirou o Real Madrid da invencibilidade na LaLiga e deu ao Atlético um impulso moral e numérico. Antes do jogo, a diferença entre os clubes era de 12 pontos; agora, o Atlético evitou o abismo e manteve a luta pelo título viva.
Além da tabela, o duelo serviu como ensaio para as próximas partidas europeias. O Real Madrid se prepara para enfrentar o Kyiv na fase de grupos, enquanto o Atlético recebe o Eintracht Frankfurt, buscando reproduzir o mesmo ímpeto defensivo que quase deixou Jan Oblak sem trabalho.
Do ponto de vista tático, a partida destacou a disciplina defensiva do Atlético, que só sofreu dois chutes a gol e manteve o Real fora de áreas decisivas. O erro de Federico Valverde, que entregou a bola para Griezmann fechar a partida, será analisado pelos treinadores como ponto a corrigir.
Para a torcida colchonera, o dia ficou marcado na memória. O gesto de acenar para os merengues depois da "Manita" simbolizou não só a vitória, mas também a renovação de uma rivalidade que, a cada encontro, ganha novos capítulos.