Quando Novak Djokovic, sérvio e quatro‑semente do Rolex Shanghai Masters, venceu o espanhol Jaume Munar por 6‑2 no terceiro set, ele não só avançou, mas também quebrou um recorde histórico: tornou‑se o jogador mais velho a chegar às quartas‑de‑final de um ATP Masters 1000, com 38 anos e 4 meses.
O duelo aconteceu no dia 7 de outubro de 2025, às 00h33 (UTC), dentro do Qi Zhong Tennis Center, em Xangai, China. Em apenas 74 minutos, Djokovic enfrentou não só um adversário aguerrido, mas também condições climáticas extremas, uma doença indisposta e uma dor na perna que exigiu a intervenção do fisioterapeuta e do médico da equipe.
Contexto do torneio
O Rolex Shanghai Masters é um dos nove eventos ATP Masters 1000, organizados pela Association of Tennis Professionals (ATP). A edição de 2025 correu de 29 de setembro a 12 de outubro, atraindo os melhores tenistas masculinos do mundo. Para Djokovic, era a quinta tentativa de conquistar o título em Xangai, objetivo que ele ainda não alcançou.
Detalhes da partida
Logo no primeiro set, o sérvio impôs seu ritmo, vencendo por 6‑2. Mas Munar reagiu no segundo, levando tudo a 5‑5 antes de fechar o set em 6‑4. Foi nesse ponto que a humidade – que ultrapassou 85% nas cortinas do ginásio – começou a fazer efeito. Djokovic começou a tossir, sinal de um mal‑estar que, segundo a transmissão da Tennis Legend TV, ainda não foi especificado.
Durante o terceiro set, após um saque duplo falho, o sérvio sentiu uma pontada na panturrilha esquerda. Seu preparador físico, Miloš Raonić, correu para a quadra, seguido do médico da equipe que rapidamente aplicou gelo e um curativo compressivo. "Ele estava quase sem forças, mas conseguiu se recompor e fechar o set", comentou o comentarista da ATP.
Com a confiança restaurada, Djokovic despachou três break points consecutivos e, ao servir em 30‑15, consolidou o 6‑2 final. O público, apesar da atmosfera abafada, aplaudiu em pé, embora o sérvio estivesse "quase sem energia para comemorar".
Reações dos envolvidos
Na entrevista pós‑jogo, Djokovic admitiu que "não sabia se conseguiria terminar a partida". "A humidade me fez sentir como se estivesse correndo numa sauna, e a dor na perna ainda não era clara. Mas a vontade de alcançar mais um título me deu força", disse ele, ainda ofegante.
Já Munar, de 24 anos, elogiou o rival: "Jogar contra alguém com o nível de Novak é sempre um privilégio. Mesmo cansado, ele mostrou por que é um dos melhores da história".
O diretor do evento, Li Wei, ressaltou que as condições climáticas foram monitoradas, mas que "os atletas são profissionais e treinados para enfrentar esses desafios".
Impacto e recordes
- Djokovic, aos 38 anos e 4 meses, tornou‑se o mais velho a chegar às quartas‑de‑final de um Masters 1000.
- O vencedor avançou para enfrentar o holandês Botic van de Velde (ou o sueco Holger Rune, dependendo do resultado do duelo adjacente).
- O número de pontos de ranking entregue ao vencedor foi 1000, elevando Djokovic ao 3.º lugar do ranking ATP.
- Esta partida foi a 18ª vitória de Djokovic contra Munar em confrontos diretos, reforçando seu histórico dominante.
- O incidente de saúde levantou questionamentos sobre a adequação das condições de jogo em torneios ao ar‑livre durante o outono chinês.
Próximos passos
Nas quartas‑de‑final, Djokovic enfrentará o holandês Botic van de Velde, que venceu o belga David Goffin em uma partida de três sets. A expectativa é que o sérvio ainda enfrente um teste físico, já que a humidade permanece alta nas próximas noites.
Além disso, médicos da ATP anunciaram que irão rever os protocolos de hidratação e monitoramento de temperatura nos próximos torneios, visando evitar incidentes similares.
Antecedentes históricos
Até 2025, o recorde de maior idade nos quartos de um Masters 1000 pertencia ao espanhol Mariano Puerta, que chegou aos quartos aos 36 anos. A façanha de Djokovic quebra essa barreira em mais de dois anos, mostrando que a longevidade no tênis está ao alcance de poucos atletas que combinam preparo físico, nutrição e, claro, vontade indomável.
O fato de Djokovic ainda buscar seu quinto título em Xangai também alimenta o debate sobre a era de ouro do tenista sérvio, que agora disputa suas conquistas com a geração emergente de jogadores como Rune e Jannik Sinner.
Perguntas Frequentes
Como a humidade afetou o desempenho de Djokovic?
A humidade acima de 85% aumentou a sensação de fadiga e provocou desidratação rápida, dificultando a movimentação e a resistência. Djokovic relatou sensação de “suar como se estivesse numa sauna”, o que contribuiu para a necessidade de intervenção médica no meio do terceiro set.
Qual foi a lesão que Djokovic sentiu na perna?
Ele sentiu uma pontada na panturrilha esquerda, provavelmente uma distensão muscular agravada pela alta umidade. O fisioterapeuta aplicou gelo e compressão, permitindo que o tenista continuasse jogando.
Qual a importância histórica do resultado para o tênis?
Ao se tornar o atleta mais velho a alcançar as quartas‑de‑final de um Masters 1000, Djokovic redefiniu limites de longevidade no esporte, inspirando veteranos e mostrando que a experiência pode compensar a perda de velocidade física.
Quem será o próximo adversário de Djokovic?
Ele enfrentará o holandês Botic van de Velde, vencedor de seu confronto contra David Goffin, nas quartas‑de‑final, marcando um duelo entre experiência e energia jovem.
O que a ATP pretende mudar após o incidente?
A organização anunciou revisão dos protocolos de hidratação e monitoramento climático, incluindo avaliações mais frequentes da qualidade do ar e temperatura nas quadras ao ar livre, para prevenir riscos semelhantes em futuros eventos.
Eduarda Antunes
outubro 10, 2025
Não dá pra negar que o Novak mostrou uma garra impressionante, mesmo com a umidade de 85% e aquela dor na panturrilha. A forma como ele conseguiu controlar o ritmo e ainda fechar o terceiro set foi incrível. Ele mostrou que a experiência pode compensar a perda de velocidade. Sem dúvidas, isso serve de inspiração pra todos que ainda acreditam que a idade é só um número.
Jéssica Farias NUNES
outubro 10, 2025
Ah, que surpresa! O cara de 38 anos ainda consegue chegar às quartas‑de‑final, como se fosse algo totalmente inesperado. Aparentemente a condição climática “extrema” virou um pequeno detalhe para ele, ao passo que nós mortais ainda lutamos contra o calor. Claro, quem nunca sentiu a “sauna” numa quadra de elite?
Elis Coelho
outubro 10, 2025
É evidente que a ATP tem motivos ocultos para minimizar o impacto da alta umidade. Os relatórios oficiais não mencionam a temperatura interna do ginásio, o que levanta suspeitas sobre possíveis manipulações nos protocolos de hidratação. Além disso a intervenção médica rápida pode ter sido planejada para garantir que o tenista do topo continue competindo, preservando os interesses comerciais do circuito.
Paula Athayde
outubro 10, 2025
🇧🇷 Enquanto o mundo assiste ao drama do Novak, o Brasil tem seus próprios talentos lutando contra condições semelhantes e ainda não recebe o devido reconhecimento. É lamentável que a mídia estrangeira destaque só quem tem “grande nome” e ignore a nossa garra. 🌡️💦
Francis David
outubro 10, 2025
Entendo sua frustração, mas é importante reconhecer que condições climáticas adversas afetam todos os atletas, independentemente da nacionalidade. A ATP tem protocolos para monitorar a umidade e costuma ajustar a programação quando necessário. Vamos focar nos méritos individuais dos jogadores ao invés de inflamar rivalidades.
Ageu Dantas
outubro 10, 2025
Foi uma demonstração de pura teimosia.
Bruno Maia Demasi
outubro 10, 2025
Se refletirmos sobre a finitude do corpo humano, a vitória de Djokovic funciona como um paradoxo aristotélico: o atleta encarna simultaneamente a potência e a atualidade de sua própria essência. Em vez de crer que a idade impõe limites, devemos ver a curva de aprendizado como um arco que se amplia com cada ponto de falha superado. A dor na panturrilha, a umidade sufocante - tudo isso são meras metáforas de resistência interior que transcendem o mero espetáculo físico.
Luana Pereira
outubro 10, 2025
Embora a ironia possa ser divertida, a realidade dos registros de idade nos esportes exige respeito. O feito de Novak, apesar de sua idade avançada, traz consigo uma perspectiva valiosa sobre a longevidade atlética.
Rafaela Gonçalves Correia
outubro 10, 2025
Ao analisarmos o desempenho de Djokovic sob condições de quase 85% de umidade, percebemos que o corpo humano ainda guarda reservas de energia que a ciência ainda não explica completamente. Primeiro, a hidratação prévia desempenha um papel crucial; jogadores de elite costumam seguir regimes de reposição de eletrólitos que mitigam os efeitos da sudorese excessiva. Segundo, a adaptação fisiológica adquirida ao longo de décadas de competição permite que o atleta regule a temperatura corporal de maneira mais eficiente que um novato. Terceiro, o suporte de equipe médica qualificada, que aplica gelo e compressão imediatamente, reduz a inflamação e impede que a lesão se agrave. Além disso, o estado mental de “não desistir” cria um gatilho neuroquímico que aumenta a produção de endorfinas, mascarando temporariamente a sensação de fadiga. Quarto, a estratégia de jogo de Novak, baseada em saques precisos e trocas curtas, diminui a necessidade de corridas extensas, poupando a panturrilha lesionada. Não podemos ignorar o fator histórico: ao quebrar o recorde de maior idade em um Masters 1000, ele estabelece um precedente que pode mudar a abordagem de treinamento para veteranos. Em termos de competição, a vitória contra Munar demonstra que a experiência tática pode superar a velocidade bruta dos mais jovens. A maioria dos analistas ainda discute se a ATP deveria ajustar os protocolos de climatização dos ginásios, visto que a umidade relativa acima de 80% pode alterar a viscosidade do ar e impactar a trajetória da bola. Por fim, o impacto psicológico nos adversários, que ao enfrentar um atleta tão resiliente podem sofrer de insegurança, não deve ser subestimado. Essa combinação de preparo físico, suporte técnico, estratégia mental e contexto histórico culmina em um cenário onde a idade deixa de ser obstáculo. Assim, o caso de Djokovic não só enaltece sua carreira, mas também abre portas para pesquisas sobre longevidade esportiva. Em síntese, cada elemento citado acima converge para explicar como ele superou a adversidade e avançou às quartas‑de‑final, provando que limites são, muitas vezes, construções mentais.
Fernanda De La Cruz Trigo
outubro 10, 2025
Uau, que análise detalhada! Só reforça a ideia de que nunca é tarde para alcançar novos patamares. Continue acompanhando, porque ainda temos muito mais para celebrar.
Davi Gomes
outubro 10, 2025
É inspirador ver um atleta desafiar o tempo e ainda brilhar nas grandes quadras.
José Cabral
outubro 10, 2025
Treinos específicos de resistência à umidade podem fazer toda a diferença, como mostrou Novak.
Maria das Graças Athayde
outubro 10, 2025
❤️🩹 A dor e o esforço dele realmente tocam o coração de quem ama tênis. 🌟
Shirlei Cruz
outubro 10, 2025
Reconheço a magnitude desse feito e parabenizo o atleta pela determinação demonstrada sob condições tão adversas.
Williane Mendes
outubro 10, 2025
Ao celebrarmos essa conquista, somos lembrados de como o esporte transcende fronteiras, unindo culturas em torno da mesma paixão. O legado de Djokovic, agora gravado como o mais velho nas quartas‑de‑final de um Masters 1000, ecoa nas arquibancadas de Xangai e reverbera nas academias do Brasil, do Japão, da Europa. Essa narrativa reforça a ideia de que a excelência não tem idade, e que cada geração pode se inspirar nos feitos dos seus predecessores.