Hamas entrega últimos 20 reféns a Israel; Trump anuncia fim da guerra
Raniere Macias 14 out 1

No último segundo da tarde de 13 de outubro de 2025, Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses que ainda viviam na Faixa de Gaza. A operação foi o ponto final de um acordo de cessar‑fogo de outubro de 2025Tel Aviv, mediado pelos Donald J. Trump, presidente dos Estados Unidos, e pelos líderes do Egito, Catar e Turquia. Ao mesmo tempo, o exército israelense, sob a voz do porta‑voz Daniel Hagari, recebeu os prisioneiros palestinos. O clima era de emoção: abraços, lágrimas e gritos de alívio marcaram a Praça dos Reféns, na Rua Ibn Gabirol, em Tel Aviv‑Yafo.

Contexto histórico: de 7 de outubro de 2023 ao acordo de 2025

O ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que viu o Hamas invadir território israelense e capturar 251 civis, desencadeou duas guerras sucessivas. Entre 2023 e 2024, Israel realizou três ofensivas principais, libertando 203 reféns. No entanto, 48 israelenses permaneceram nas mãos do Hamas até o novo cessar‑fogo. A iniciativa de Trump, anunciada em setembro de 2025, buscava não só a troca de reféns, mas também uma redução da ocupação israelense em Gaza, de 75% para 53%.

Detalhes da libertação dos reféns e dos prisioneiros

A Cruz Vermelha Internacional conduziu a transferência dos 20 reféns da zona de segurança de Gaza até a Praça dos Reféns. Cada passageiro foi recebido pelos militares israelenses, que verificaram sua condição de saúde. Em contrapartida, Israel liberou 1.968 palestinos – inclusive 250 que já haviam sido transferidos para as prisões de Eshel e Ramon, próximas à fronteira com o Egito.

O ministro da Justiça israelense Yariv Levin informou que 154 dos libertados serão submetidos a exílio forçado, como parte de medidas de segurança acordadas.

  • 20 reféns israelenses liberados.
  • 1.968 prisioneiros palestinos libertados.
  • 154 exilados forçados.
  • Redução da zona ocupada em Gaza de 75% para 53%.
Reações dos líderes internacionais

Reações dos líderes internacionais

Durante a coletiva na base militar de Tel Aviv, o porta‑voz do Exército Richard Hecht enfatizou que a troca foi "cumprimento fiel do que foi pactuado". Logo depois, Benjamin Netanyahu, primeiro‑ministro de Israel, declarou que "a paz chegou, mas ainda temos muito trabalho".

O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, discursou perante o Knesset, afirmando: "Os céus estão calmos, as armas estão silenciosas, as sirenas em silêncio e o sol nasce numa Terra Santa que finalmente está em paz". Em seguida, embarcou no Air Force One rumo ao Aeroporto Internacional do Cairo para participar de uma cúpula com 20 lideranças, marcada para 14 de outubro.

Do lado do Egito, Abdel Fattah el‑Sisi ressaltou a importância da "soberania palestina" no futuro da região. O emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, comprometeu recursos financeiros para a reconstrução de Gaza.

Obstáculos e desafios persistentes

Mesmo com o acordo assinado, o Hamas ainda recusa entregar suas armas ou aceitar supervisão estrangeira. O líder do grupo, Yahya Sinwar, declarou em 5 de outubro que não concorda com a tutela externa.

O analista Dr. Eran Lerman, do Instituto de Estudos Estratégicos de Tel Aviv, advertiu que "o caminho para uma paz duradoura ainda está cheio de minas políticas". A Turquia, por sua vez, lançou uma força‑tarefa liderada pelo ministro das Relações Exteriores Hakan Fidan para localizar os restos mortais dos reféns mortos, já que o porta‑voz do Hamas, Abu Obeida, afirmou não saber onde eles estão.

Próximos passos: assinatura oficial e monitoramento

Próximos passos: assinatura oficial e monitoramento

A cerimônia de assinatura oficial acontecerá em 14 de outubro, às 14h00, no Palácio da Conferência de Sharm el‑Sheikh, Egito. Além de Trump, deverão comparecer Netanyahu, el‑Sisi, Al Thani e outros 16 líderes. O evento incluirá a criação de um comitê de monitoramento composto por representantes das quatro nações mediadoras.

O chefe do Estado‑Maior das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, já enviou um memorando interno (10 de outubro de 2025) instruindo as tropas a se prepararem para todos os cenários, inclusive uma retirada gradual das áreas ocupadas.

Em resumo, embora o cessar‑fogo marque o fim formal de quase dois anos de conflito, a região ainda caminha por um terreno cheio de incertezas políticas, logísticas e humanitárias.

Perguntas Frequentes

Como a libertação dos 20 reféns afeta a população israelense?

A volta dos últimos reféns traz alívio imediato a milhares de famílias que viviam em estado de incerteza. Além do aspecto emocional, a ação reforça a confiança nas autoridades militares e abre espaço para um debate público sobre a reconstrução das áreas afetadas pelo conflito.

Quais são as principais condições do acordo de cessar‑fogo?

O pacto prevê a troca de reféns, a libertação de 1.968 prisioneiros palestinos, a redução da zona ocupada em Gaza de 75% para 53%, e a criação de uma força multinacional de monitoramento. Também inclui o compromisso de iniciar negociações sobre a administração de Gaza sem presença militar israelense.

Por que o Hamas rejeita entregar suas armas?

Segundo declarações de Yahya Sinwar, o grupo vê o desarmamento como uma ameaça à sua capacidade de resistência e à segurança de sua base política em Gaza. O Hamas tem usado a presença armada como moeda de negociação e não aceita supervisão externa que possa enfraquecer seu poder de barganha.

Qual é o papel da Turquia na busca pelos restos mortais dos reféns?

A Turquia, através da força‑tarefa liderada por Hakan Fidan, está coordenando equipes de busca com ONGs locais e especialistas forenses. O objetivo é identificar e repatriar os corpos, proporcionando fechamento às famílias e cumprindo normas internacionais de direito humanitário.

Quando a assinatura oficial do acordo será realizada?

A cerimônia está marcada para 14 de outubro de 2025, às 14h00, no Palácio da Conferência de Sharm el‑Sheikh, Egito, com a presença de 20 líderes internacionais, incluindo Donald J. Trump e Benjamin Netanyahu.

Comentários Recentes

Michele Souza

Michele Souza

outubro 14, 2025

Ufa, finalmente esse ciclo de terror chega ao fim. A gente sente um alívio enorme pensando nas famílias que ficaram sem esperança por tanto tempo. É incrível como a solidariedade pode vencer mesmo nas situações mais sombrias. Que essa paz seja duradoura pra que nossos filhos não precisem viver esse medo. Vamos celebrar cada vida salva, cada abraço que antes era impossível. Seguinte, vamos apoiar a reconstrução com o coração aberto. 🌟