Um início de campanha com sabor de alívio
Quando o relógio marcou o apito inicial contra o Bologna, o Aston Villa já sentia o peso de um início de temporada que não ajudava em nada. Sem nenhuma vitória no campeonato inglês, a equipe de Steve Bruce precisava de um sinal de que ainda existia fogo nos olhos. O gol de John McGinn, no primeiro tempo, acabou virando o jogo de cabeça para baixo.
McGinn recebeu um passe curto na entrada da área, ajeitou o corpo e, com um chute rasteiro, fez a bola bater no canto esquerdo do goleiro adversário. Foi o primeiro gol do Villa em 2025, um marco que acabou virando a conversa nos vestiários. Até então, Matty Cash tinha marcado o primeiro gol do clube na Premier – e só depois de quatro tentativas – contra o Sunderland.
Para o Bologna, a partida representava algo maior que três pontos. Era a primeira vitória sobre um clube inglês em competições oficiais desde que se aventuraram na Europa. O time italiano chegou com a ideia de aplicar a lição da campanha decepcionante na Champions League da temporada passada, onde caiu na fase de grupos.
Os italianos não tiveram medo de atacar. Após o intervalo, a equipe de Thiago Motta intensificou o ritmo, enviando cruzamentos precisos que quase valeram o empate. O atacante espanhol Castro acertou um cabeceio que acertou em cheio o travessão, soltando a torcida de Bologna em um suspiro coletivo.
O goleiro da casa, em momentos críticos, teve que recorrer a defesas de reflexo. Quando a bola encontrou a linha de fundo, ele se projetou à esquerda, nas pontas da área e ainda fez uma defesa de mão para afastar um chute perigoso de Luiz Felipe. Cada parada aumentava a tensão dos torcedores de Villa, que, mesmo com a vantagem, sentiam o coração acelerar.
O que vem pela frente para Villa e Bologna
Com os três pontos garantidos, o Villa pode respirar um pouco mais fundo. A vitória, embora discreta, mostra que o time tem personalidade para agarrar resultados quando precisar. O próximo desafio será manter a consistência defensiva – os lapsos expostos contra o Bologna são pista clara de que ainda há trabalho.
Em termos de calendário, o clube tem ainda jogos difíceis na Premier que exigirão foco total. A diretoria parece querer usar a Europa como um laboratório para testar formações e dar ritmo aos jogadores que ainda convivem com a sombra da briga pela qualificação à Liga dos Campeões.
Já o Bologna volta ao Brasilirate com a sensação de ter quase virado a partida. O esforço ofensivo foi evidente, e o treinador já deve estar planejando ajustes nos últimos minutos de jogo. A sequência de duas qualificações europeias seguidas – algo raro para o clube nos últimos 100 anos – demonstra que eles estão no caminho certo, mesmo que ainda não tenham conquistado o tão desejado triunfo sobre rivais ingleses.Entre jogos de liga e os compromissos internacionais, tanto Villa quanto Bologna têm lições importantes a levar consigo: necessidade de cortar a bola nos momentos críticos, e a importância de transformar uma vitória apertada em confiança para as próximas partidas.