Real Madrid vence Athletic com gol nos acréscimos e segue vivo na briga pelo título
Thales Monteiro 21 abr 0

Valverde salva o dia para o Real Madrid

O Real Madrid evitou um tropeço fatal na briga pelo Campeonato Espanhol com uma vitória para lá de sofrida contra o Athletic Club. O jogo, disputado no Santiago Bernabéu, só viu a rede balançar nos minutos finais, quando Fede Valverde acertou um voleio sensacional aos 48 do segundo tempo. A partida dessa rodada da LaLiga foi marcada pelo nervosismo, poucas chances claras e muita tensão por parte dos torcedores, que já sentiam o título escapar com o tempo passando.

A pressão era toda do lado merengue. Com o Barcelona tendo vencido o Celta Vigo por 4 a 3 em outro jogaço, a diferença seguia em sete pontos, e só a vitória interessava para o time de Carlo Ancelotti continuar sonhando. Não tinha espaço para vacilos. A cada minuto sem gol, o semblante do banco de reservas ficava mais tenso, e os gritos da arquibancada ganhavam urgência.

Ancelotti mexe no tabuleiro, Athletic poupa elenco

Sabendo do desafio, Ancelotti resolveu inovar: montou um meio-campo em formato de losango, com Jude Bellingham voltando ao centro das jogadas. Como a situação era de emergência, improvisou Valverde e Eduardo Camavinga nas laterais, abrindo mão de uma linha defensiva tradicional para tentar criar superioridade no meio e pressionar ainda mais o adversário.

Enquanto isso, o Athletic Club, vindo de classificação heroica para as semifinais da Liga Europa, aproveitou para fazer o famoso rodízio. Sem Nico Williams, que está lesionado, e poupando destaques como Oihan Sancet, a equipe visitante apostou na defesa fechada e em explorar eventuais brechas no contra-ataque. A estratégia quase funcionou: conseguiram segurar a pressão até quando parecia mais difícil resistir.

O jogo teve poucos lances de perigo real, mas o Athletic, apesar de encurralado, não abria mão de tentar sair rápido em transições, exigindo atenção total do improvisado sistema defensivo do Real. Camavinga e Valverde, que já mostraram qualidade em várias funções, sustentaram o plano sem comprometer. Mas faltava aquele toque de genialidade na frente, até que, no último lance, Valverde apareceu onde ninguém esperava: fora da área, pegou de primeira e não deu chance para o goleiro. Bola na gaveta e explosão no Bernabéu.

O apito final trouxe alívio e festa: jogadores do Real Madrid se abraçaram como se fosse uma final de campeonato. Sabiam o peso desse resultado — perder ali significava, na prática, dar adeus ao sonho do 36º título espanhol. Agora, com o campeonato afunilando e a diferença para o líder Barcelona ainda grande, cada detalhe conta. Ninguém duvida de que o espírito mostrado neste sábado pode ser o diferencial na reta final da LaLiga.